sexta-feira, outubro 20, 2006

Somos musicais

Cantar, parece ser para muitos como um dom reservado somente a alguns privilegiados, mas o que acontece na realidade, é que o ser humano é musical por natureza.
Desde a altura em que estamos em formação e somos feto, que já reagimos instintivamente a sons produzidos sobretudo pela sua mãe e esses sons que captamos provocam em nós um afecto preconcebido associado ao som. Daí mostrarmos enquanto recém nascidos, uma atenção particular à voz da nossa mãe mais do que a qualquer outra.
O verdadeiro dom, está em conseguir agrupar todas as técnicas necessárias para se poder tornar num verdadeiro cantor e é aí que reside o problema.
Cantar não é somente abrir a boca e deixar sair sons a qualquer custo, é preciso que esses sons façam sentido, que haja controle sobre a forma como se projectam, sobre a forma como têm de ser exprimidos consoante os sentimentos que queremos demonstrar. É como sabermos o alfabeto e dispormos as letras de uma forma sem sentido em que ninguém percebe o que escrevemos...
Tudo isto faz parte de uma aprendizagem, difícil mas valiosa, de uma luta constante para que no acto de cantar tudo faça sentido, a quem canta e a quem ouve.
Os sentimentos impostos na forma como cantamos é das coisas mais importantes. Não se pode tratar quem ouve como se não percebesse nada de música e consequentemente como se não notasse se esta ou aquela música está bem ou mal cantada.
É preciso impor sentimentos às músicas, provocar sensações, sorrir quando é para sorrir, chorar quando é para chorar ou seja sentirmos cada música como um momento de introspeção, emocionarmo-nos com o que cantamos e com o que ouvimos, só assim é possível passar as emoções que de facto queremos passar.
É importante sentir as emoções que são transmitidas da parte de quem está à nossa frente e isso passa pelo olhar, pela cumplicidade. Para alguns demora mais tempo do que para outros, mas todos temos esse dom, o dom de sentir.
Beijo a tutti

"Somos musicais: precisamos apenas da oportunidade para que a nossa musicalidade seja celebrada e desenvolvida."

terça-feira, outubro 10, 2006

Consciência Ecológica

Trecho do documentário A Carne é Fraca produzido pelo instituto Nina Rosa, onde é abordada a questão ecológica grave que envolve o consumo de carne animal. Veja, reflita e assita o vídeo completo adquirindo o documentário em DVD no site www.institutoninarosa.org.br

Este video foi-me enviado pela nossa amiga Beta e achei interessante colocá-lo aqui para quem quiser ver.

Beijos Beta.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A influência feminina


De facto é incrível observar a influência que as mulheres têm sobre os homens.
Os homens chegam mesmo a sentir-se impotentes para ligar com certas situações.
Será que advém da cultura que se enraizou no "macho" de não poder falhar perante a presença feminina, ou será que essa mesmo presença provoca em nós homens, esse mesmo medo de falhar e de podermos ser ridicularizados pelo suposto sexo "fraco"?
O que fica claro no meio de tudo isto, é que quando estamos entre "machos", sem qualquer presença feminina, esse medo evapora-se como se nunca tivesse sequer existido.
Num coro como o nosso, em que 4 naipes de vozes coabitam no mesmo universo, sendo 2 masculinos e 2 femininos, há que arranjar defesas para lidar com tais situações. Cantar num coro é um momento de comunhão vocal, mas também pode ser um momento bastante intimista, onde cada um se pode refugiar no seu casulo como se estivesse a cantar num quarto fechado, deixando-se ao mesmo tempo absorver por todos os sons que o rodeiam.
Claro que na prática a coisa torna-se bem mais difícil de gerir, mas o importante, é que tudo isto seja conduzido de uma forma discreta, ponderada e acima de tudo pessoal sem nunca deixar transparecer que de facto nos sentimos intimidados com o poder que certos factores exercem sobre nós.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Casa às costas

Depois de termos "abandonado" a casa que nos acolheu durante décadas, estamos de partida para novas aventuras, um pouco na incógnita de não saber quando teremos a nossa casa definitiva. Já a conhecemos, ela existe e um dia será nossa.
As mudanças correram muito bem, toda a gente trabalhou imenso e o sentimento foi um pouco nostálgico. Eu comentei com algumas pessoas que era quase igual a quando saímos de casa dos nossos pais para irmos viver a sós...
Mas ainda bem que é esse o sentimento, mostra que grandes momentos se passaram ali, que nos ajudaram a crescer, mas o futuro promete e nada melhor que uma mudança de vez em quando, algo que sirva de abanão para que as pessoas não se sintam estagnadas.
Beijo a tutti.