... quem não gosta de ser recordado?

De facto este FDS deu para muita coisa.
Em relação ao que é a amizade, não há muito mais a acrescentar, pois acho que cada um de nós tem isso bem presente.
Em relação ao coro em si, descobri várias coisas:
Todas aquelas pessoas que por lá passaram e que voltaram a cantar connosco este FDS, fazem bastante falta. São elementos seguros, com muitos anos de canto e isso faz falta ao nosso coro, especialmente a segurança e o à vontade. Sentimo-nos confiantes a cantar no casamento e isso notou-se. A Eliana, que toda a gente conhece pela sua falta de segurança, (desculpa Eliana), mostrou ali um à vontade tremendo, como se fizesse aquilo todos os dias e a forma como cantou tocou cada um de nós intensamente. O Mickey, o João e o Alex, pareciam que nunca tinham deixado o coro e eu entre eles, voltei a ter sentimentos que me fizeram recuar uns anos. Quando o Filipe regeu as últimas músicas, via-se nos seus movimentos a felicidade que estava a sentir mesmo que ainda estivesse magoado com o que se tinha passado nos dias anteriores.
Senti também e com grande mágoa, que de todas as pessoas que já saíram do coro a única que de certeza poderia voltar um dia, seria aquela que não cantou... a Pipa. Todos os outros, e digo isto com enorme tristeza, já não sentem o coro como família, como um momento de união vocal (se assim o poderei chamar). Mas é normal numa relação com tantos anos, por vezes as pessoas cansam-se e deixam de conseguir usufruir do que realmente nos une... a música.
Descobri também que este coro está a fazer história. Tendo começado à mais de 20 anos como coro de stª maria e agora como coro musicarte, com as saídas e entradas de elementos, com aqueles que ainda irão chegar e partir, com as mudanças de regência, com a nova era que se aproxima como associação... estamos a fazer história na freguesia, no concelho, no próprio país.
E o que mais me agrada no meio de isto tudo, é que eu faço parte dessa história e tenho a certeza que daqui por 100 anos o coro e as pessoas que nele trabalham irão ser recordadas... e quem não gosta de ser recordado?